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Maduro diz que será implácavel contra tentativas de golpe na Venezuela

26/06/2019 23h04

Caracas, 26 jun (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou nesta quarta-feira que será implacável se ocorrer uma tentativa de golpe de Estado no país, reiterando uma denúncia feita anteriormente por integrantes do governo chavista sobre um plano de conspiração que teria sido desarticulado na semana passada.

Durante um evento com militantes, exibido em rede nacional de rádio e TV, Maduro afirmou que seria implacável em conduzir uma "contraofensiva revolucionária" a uma "tentativa de golpe fascista".

"O que pode vir, não tomem isso como uma advertência ou como uma ameaça, o que pode vir é uma revolução mais radical, uma revolução mais profunda", avisou.

Maduro informou que as autoridades da Venezuela estão prendendo militares ativos e da reserva, policiais e funcionários civis do governo que participaram do plano, que, segundo o líder chavista, teria sido orquestrado por Colômbia e Estados Unidos.

"O ministro (de Comunicação e Informação) Jorge Rodríguez não mostrou 1% de tudo o que temos", disse Maduro.

Mais cedo, Rodríguez informou que o governo da Venezuela tem mais de 56 horas de gravações dos envolvidos na suposta conspiração. No discurso, Maduro disse que determinou a prisão de todos após 14 meses de investigações.

Para o líder chavista, a tentativa de golpe fracassou devido à moral e consciência dos oficiais das Forças Armadas da Venezuela, que teriam denunciado os planos às autoridades.

O plano previa, segundo Maduro, o assassinato do Estado-Maior do governo, de generais da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e de lideranças dos "coletivos" chavistas. O próprio presidente estaria entre os alvos dos golpistas, de acordo com as declarações feitas por Rodríguez anteriormente.

Maduro citou as afirmações feitas pelo presidente do parlamento da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, que afirmou que o líder chavista deixaria o poder "por bem ou por mal".

"Por mal seria o assassinato do presidente? O assassinato de líderes populares? Colocar bombas? Matar", questionou Maduro. EFE