Grupo de Lima condena Venezuela por assassinato de militar acusado de golpe
Lima, 30 jun (EFE).- Os países que fazem parte do Grupo de Lima condenaram neste domingo o governo da Venezuela pelo assassinato do capitão de corveta Rafael Acosta Arévalo, detido no último dia 21 de junho acusado de ajudar organizar um golpe de estado contra o regime de Nicolás Maduro, e que teria sido torturado na prisão.
Acosta Arévalo foi preso por funcionários da Direção Geral de Contrainteligência Militar sem ser informado sobre os motivos de sua prisão, segundo a imprensa venezuelana. Um dia depois, o procurador-geral da Venezuela, Tareq Saab, disse que o capitão estava sendo investigado junto com 13 pessoas pela conspiração.
O Grupo de Lima contestou a versão apresentada pelo regime chavista e, em comunicado, afirmou que Acosta Arévalo foi capturado por homens armados e depois apresentado em audiência à Justiça com "visíveis sinais de tortura".
"A gravidade de seu estado de saúde fez com que o juiz determinasse que ele fosse para um centro hospitalar, onde morreu ontem", disse o bloco em comunicado.
Os governos de Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia condenaram o assassinato do militar no comunicado e enviaram condolências à família.
"Repudiamos as contínuas práticas de detenções arbitrárias e torturas às quais o regime ilegítimo de Nicolás Maduro submete a quem considera como opositor", disse o bloco.
Os países que integram o Grupo de Lima também pediram à comunidade internacional, especialmente ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, para "atuar sem demora" para que os direitos dos venezuelanos sejam restabelecidos.
O governo de Maduro confirmou ontem a morte de Acosta Arévalo e disse que pediu ao Ministério Público a abertura de uma investigação para esclarecer o caso.
A morte e as torturas sofridas pelo capitão foram denunciada pelo líder do parlamento do país, o opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 governos. EFE
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