Nova York proíbe alimentos e bebidas à base de cannabidiol
Nova York, 2 jul (EFE).- A cidade de Nova York proibiu os alimentos e as bebidas com cannabidiol (CBD), um dos principais componentes da maconha e considerado ilegal pelo governo dos Estados Unidos desde dezembro de 2018.
Após vários meses de confusão por parte dos estabelecimentos quanto à legislação sobre o CBD, o Departamento de Saúde local informou na segunda-feira em seu site sobre a entrada em vigor do veto e anunciou que os "os produtos devem ser devolvidos ao fornecedor ou descartados".
A partir de 1º de outubro, as autoridades de Nova York começarão a notificar os estabelecimentos que ainda ofereçam alimentos e bebidas com CBD, o que pode acarretar em multas ou inclusive em um rebaixamento na nota de salubridade exposta na porta dos restaurantes.
De acordo com o jornal local "New York Daily News", os inspetores da cidade buscarão rotineiramente produtos alimentícios ou bebidas com cannabidiol para confiscá-los, mas a partir de outubro poderão aplicar multas de entre US$ 250 e US$ 600.
Ao contrário do THC (tetraidrocanabinol), que é o outro componente da maconha, o CBD não é um alucinógeno, mas lhe são atribuídas propriedades relaxantes e hoje em dia é possível encontra-lo em diversos produtos, desde óleos corporais até balas ou cartuchos de cigarro eletrônico.
Outras cidades como Los Angeles, San Diego, Portland e Seattle impuseram proibições similares para o CBD, mas nelas é legal o uso do maconha para fins recreativos, diferentemente de Nova York, onde as autoridades do estado fracassaram ao tentar regularizá-lo recentemente.
A Aliança Hoteleira de Nova York evidenciou em fevereiro a confusão que existia entre os estabelecimentos da cidade devido à consideração ilegal do CBD como aditivo em alimentos e bebidas por parte do governo.
Andrew Rigie, o diretor-executivo da organização, disse ao jornal local "AmNY", que finalmente conseguiram que o Departamento de Saúde nova-iorquino "desse um período de carência" aos bares e restaurantes antes de empreender ações, razão pela qual espera que agora todos os estabelecimentos "estejam prontos para cumprir" com a norma. EFE
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