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Rússia promete continuar fortalecendo capacidade militar da Venezuela

05/07/2019 10h34

Moscou, 5 jul (EFE).- A Rússia continuará desenvolvendo suas "relações de amizade" com a Venezuela, o que inclui também atividades destinadas ao fortalecimento das capacidades militares do país, afirmou nesta sexta-feira o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Riabkov.

"Continuaremos trabalhando no desenvolvimento das nossas relações de amigos e aliados com a irmã Venezuela", disse o diplomata russo ao participar em Moscou de um evento por ocasião dos 208 anos da assinatura da ata de independência do país caribenho.

Riabkov ressaltou que a Rússia seguirá implementando projetos de cooperação com a Venezuela que abrangem "diversas áreas".

"No marco dos acordos existentes, realizaremos também atividades que fortalecerão a capacidade das forças armadas desse país", disse.

Ao mesmo tempo, o vice-ministro russo voltou a negar "as especulações sobre a presença de militares russos na Venezuela", ao alegar tratar-se de especialistas técnicos encarregados da manutenção de equipamentos repassados pela Rússia ao país caribenho.

Riabkov antecipou ainda que abordará também a cooperação bilateral durante uma visita à Venezuela que fará entre os dias 20 e 22 de julho.

Além de reuniões bilaterais, o diplomata participará também da reunião ministerial do Birô de Coordenação do Movimento de Países Não-Alinhados, no qual a Rússia atua como observador permanente.

Os Estados Unidos e outros países vêm criticando a presença da Rússia na Venezuela e Washington exigiu, inclusive, que o pessoal russo abandone o país.

Por sua parte, o presidente russo, Vladimir Putin, assegurou em um recente encontro com os diretores das principais agências mundiais de notícias que Moscou "não está criando nenhuma base (militar), nem levando tropas para lá".

No final de junho, a Rússia informou da retirada da Venezuela de um grupo de especialistas encarregados da manutenção de equipamentos repassados a esse país e da "capacitação do pessoal venezuelano". EFE