EUA denunciam chantagem do Irã na AEIA após acelerar enriquecimento de urânio
Viena, 10 jul (EFE).- Os Estados Unidos acusaram nesta quarta-feira o Irã de "chantagear" a comunidade internacional ao ameaçar continuar aumentando sua atividade nuclear se não for compensado pelas sanções americanas, enquanto o país do Oriente Médio aumentou a pureza de seu urânio para acima do permitido no acordo de 2015.
"O Irã não tem uma razão crível para ampliar seu programa nuclear e não há outra forma de interpretar isto além de que como uma crua e transparente tentativa de chantagear a comunidade internacional", denunciou Jackie Wolcott, embaixadora americana na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena.
Wolcott fez esta afirmação durante uma reunião extraordinária da Junta de Governadores dessa agência da ONU, convocada por Washington após o Irã ultrapassar os limites impostos ao seu programa atômico no acordo assinado em 2015 com Alemanha, França, Reino Unido, Rússia, China e EUA, país que deixou o pacto no ano passado.
A AIEA confirmou que o Irã ultrapassou tanto a quantidade (300 quilos) como a pureza (3,67%) do urânio enriquecido que o acordo permite.
Após essa confirmação, fontes diplomáticas informaram hoje à Agência Efe que a última análise indica que a pureza do urânio já teria chegado a 4,5%, um dado que ainda não foi verificado pela AIEA.
Superar a pureza de 3,67%, na qual o urânio é utilizável somente para fins civis, não significa se aproximar imediatamente dos 90% necessários para fabricar uma bomba, mas representa um salto no complicado processo técnico de enriquecer urânio para fins militares.
Durante seu discurso hoje na Junta de Governadores, Wolcott denunciou que a atitude iraniana é uma ameaça para a paz mundial e pediu ao país que abandone essa estratégia.
Além disso, a embaixadora americana na AIEA pediu aos outros 34 membros da Junta de Governadores que exijam que o Irã se envolva "imediatamente em negociações para uma solução diplomática e pacífica". EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.