Famosa blogueira é condenada à prisão na Turquia por tuíte sobre drogas
Istambul, 12 jul (EFE).- Um tribunal de Istambul condenou nesta sexta-feira em primeira instância a famosa blogueira turca Pinar Karagöz, mais conhecida pelo nome artístico "Pucca", a cinco anos e dez meses de prisão por um tuíte sobre a cidade colombiana de Medellín no qual, segundo a promotoria, incitava o consumo de drogas.
O tribunal considerou como fator importante a capacidade de influência da blogueira, que tem 1,9 milhão de seguidores no Twitter e cerca de 623 mil no Instagram, além de ter publicado vários livros nos últimos anos.
Os juízes ditaram uma sentença de sete anos de prisão, diminuída para cinco anos e dez meses, assim como uma multa de 66.660 liras turcas (cerca de 10 mil euros).
O tuíte original não foi divulgado, como é habitual nestes casos na Turquia, já que sua revelação poderia constituir outro crime.
A promotoria assegurou que no texto censurado, Karagöz descrevia a cidade de Medellín na Colômbia como capital do tráfico de drogas e ironizava a pobreza dos toxicômanos na Turquia.
A blogueira, que habitualmente escreve sobre temas como moda, amor e relações sociais, admitiu ter feito uma brincadeira sobre o famoso traficante colombiano Pablo Escobar, mas não esclareceu a natureza da mesma.
"Se assistir à série 'Narcos' e falar de Escobar como eu, é provável que sejam condenados a entre cinco e dez anos de prisão", escreveu em novembro, quando foi acusada.
Ao ser informada sobre a sentença, a blogueira, que tem um filho pequeno, divulgou um vídeo no qual entre lágrimas questionou como enfrentar sete anos de prisão.
A defesa recorreu da sentença, mas segundo o jornal turco "Sözcü", Karagöz deverá ficar presa enquanto o caso tramita na próxima instância ou chegue ao Supremo Tribunal do país.
Nas redes sociais, vários seguidores se indignaram com a condenação e ironizaram porque a pena é maior do que a recebida por muitos traficantes de droga.
A posse e o consumo de entorpecentes, incluindo a maconha, tem penas na Turquia de entre dois e cinco anos de prisão. EFE
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