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China executa réu que matou 3 vizinhos para vingar a morte de sua mãe

17/07/2019 06h32

Pequim, 17 jul (EFE).- A China executou nesta quarta-feira um homem acusado de matar três vizinhos no Festival da Primavera do ano passado, como vingança pela morte de sua mãe pelas mãos de um deles, em 1996, de acordo com informações da Suprema Corte (SPC, sigla em inglês) do país asiático.

O homem de 36 anos, chamado Zhang Koukou, foi condenado à morte pelo Supremo Tribunal de Hanzhong (centro da China) no início deste ano, em uma sentença que foi confirmada pela SPC em abril, depois que o réu apresentou um recurso.

Em 15 de fevereiro de 2018, coincidindo com a comemoração do Ano Novo Lunar, Zhang matou seu vizinho Wang Zixin, 70 anos, e dois de seus três filhos, Wang Xiaojun, 46 anos, e Wang Zhengjun, o principal responsável da morte da mãe de Zhang, de 40.

Naquela data, Zhang seguiu os dois irmãos quando eles voltaram para casa, e os esfaqueou várias vezes até matá-los.

Então ele foi para a residência da família e fez o mesmo com o patriarca Wang Zixin, e depois queimou o carro de um dos irmãos com gasolina.

Os fatos para os quais ele reivindicou vingança naquela época remontam a 1996, quando a mãe do condenado Wang Xiuping morreu após uma discussão com Wang Zhengjun, o mais novo dos três irmãos, que bateu nela com um pedaço de madeira na cabeça.

O caçula dos Wang, que na época tinha 17 anos, foi condenado a sete anos de prisão por "agressão intencional" e a pagar uma indenização de 9,6 mil iuanes, uma pena mais branda do habitual pela idade do acusado e pelas dificuldades econômicas da sua família.

De acordo com a Suprema Corte da China, desde então a mente de Zhang "gradualmente desequilibrou", acrescentando que tanto seu trabalho como o resto da sua vida "foram insatisfatórios por muitos anos".

No entanto, ressalta o tribunal, o acusado "teve que enfrentar uma punição severa, já que cometeu crimes muito graves por meios muito cruéis".

Assim, embora Zhang tenha se rendido à polícia apenas dois dias após os assassinatos, "ele não poderia receber punição mais branda devido à natureza severa de seu crime". EFE