Mercosul faz alerta sobre crise na Venezuela e pede novas eleições
Santa Fé (Argentina), 17 jul (EFE).- Os presidentes dos países-membros do Mercosul e de outras seis nações associadas ao bloco divulgaram nesta quarta-feira uma declaração conjunta na qual expressam preocupação com a crise enfrentada pela Venezuela e alertam para a deterioração severa das condições de vida sob o regime de Nicolás Maduro.
No documento, divulgado durante a cúpula semestral do Mercosul realizada na cidade de Santa Fé, na Argentina, os signatários afirmam que 4 milhões de venezuelanos foram forçados a deixar o país em busca de melhores condições de vida.
A declaração diz que é preciso que a comunidade internacional siga contribuindo, por todos os meios pacíficos a seu alcance, na busca do pronto retorno da institucionalidade democrática à Venezuela.
Além disso, os países decidiram continuar promovendo o restabelecimento pleno da democracia e do estado de direito na Venezuela, um processo que inclui a realização de eleições presidenciais livres, justas e transparentes no menor tempo possível.
O Mercosul alerta para a "severa deterioração das condições de vida do povo venezuelano" e destaca "a necessidade de continuar coordenando esforços a fim de dar respostas integrais para a crise migratória, humanitária e social vivida por esse país".
O documento foi assinado pelos presidentes dos quatro países-membros do Mercosul, entre eles Jair Bolsonaro, e por representantes de Chile, Colômbia, Peru, Equador, Guiana e Suriname, que também participam do encontro realizado na Argentina.
Em agosto de 2017, o Mercosul suspendeu a Venezuela do bloco por considerar que houve uma "ruptura da ordem democrática" por parte do governo de Nicolás Maduro.
Apesar do consenso na decisão, o Uruguai discorda das posturas adotadas pelos outros três países desde então e não reconhece o líder do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino, como o fazem Brasil, Argentina e Paraguai. EFE
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