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EUA denunciam que caça venezuelano seguiu avião das Forças Armadas americanas

21/07/2019 14h56

(Atualiza com mais informações).

Washington, 21 jul (EFE).- Um caça venezuelano de fabricação russa "seguiu de forma agressiva" uma aeronave das Forças Armadas americanas que realizava uma missão aprovada em espaço aéreo internacional, denunciou neste domingo o Comando Sul, uma das designações do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

"Um Su-30 Flanker da Venezuela seguiu de forma agressiva a aeronave americana EP-3 a uma distância insegura em 19 de julho, pondo o perigo a tripulação e a aeronave", afirmou o Comando Sul no Twitter.

Segundo o órgão, o EP-3 "estava realizando uma missão reconhecida e aprovada em espaço aéreo internacional sobre o mar o Caribe".

Posteriormente, o Comando Sul informou em comunicado que o avião americano realizava de maneira rotineira "missões de detecção e vigilância" na região para poder garantir a "segurança e proteção" dos cidadãos americanos e dos parceiros dos EUA sem violar as normas "e regras internacionais", enquanto o piloto da aeronave venezuelana atuou de uma "maneira pouco profissional".

Além disso, advertiu que "esta ação demonstra o irresponsável apoio militar da Rússia" ao regime "ilegítimo" do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assim como a "imprudência e o comportamento irresponsável" do governo venezuelano, que dificulta "o direito internacional e os esforços para resistir ao tráfico ilícito".

A nota acrescenta que o governo venezuelano continua "violando" as leis internacionalmente e demonstra o seu "desprezo" pelos acordos que autorizam os EUA e outras nações a "realizar voos de forma segura" no espaço aéreo internacional.

Em junho de 2006, o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou a compra de 24 caças de longo alcance Su-30 da Rússia para substituir os F-16 americanos na Força Aérea venezuelana e advertiu que Washington não fornecia naquela época a manutenção necessária para essas aeronaves.

Durante uma viagem oficial no mês passado pela América do Sul, o almirante Craig Faller, responsável pelo Comando Sul dos EUA, disse à Agência Efe que a crise na Venezuela se encontra "estagnada" e que, do ponto de vista militar, a situação requer uma "certa paciência estratégica".

"Mas o mundo continua unido a favor do governo legítimo da Venezuela e em apoio a uma transição a um Estado democrático", acrescentou Faller, que especificou que seu papel como militar "é apoiar a política dos EUA, trabalhar nas áreas de Inteligência e Informação, e planejar todas as decisões".

O governo americano liderou o apoio que 50 países expressaram ao líder opositor Juan Guaidó, chefe do Parlamento e que no último dia 23 de janeiro se proclamou presidente interino da Venezuela. EFE