Ricky Martin anuncia presença em nova manifestação contra governador
San Juan, 21 jul (EFE).- O cantor porto-riquenho Ricky Martin classificou neste domingo de "cínico" e "maquiavélico" o governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, e anunciou que estará presente na segunda-feira na manifestação prevista para pedir sua renúncia.
Rosselló disse através do Facebook que não vai concorrer à reeleição, que renuncia como presidente do seu partido, o Partido Novo Progressista (PNP) e que não renunciará como governador.
"A única coisa que o senhor acaba de fazer com essa mensagem que acaba de divulgar é brincar com a saúde mental dos porto-riquenhos (...) exijo dos presidentes do poder legislativo na ilha que, por favor, comecem o processo de 'residenciamiento' (julgamento político). Se não quer sair, essa é a única opção que nós temos", disse Martin em mensagem publicada em suas redes sociais
"Vocês têm que escutar o pedido em massa de cada um dos porto-riquenhos, é a única coisa que pedimos, essa é a única opção que temos. Os senhores têm que começar com esse processo já", continuou Martin.
Além disso, o cantor encorajou os cidadãos a participarem da manifestação que será realizada na capital San Juan.
Junto com vários cantores porto-riquenhos, entre eles Bad Bunny e Residente, Martin liderou uma enorme manifestação realizada na quarta-feira passada contra Rosselló, da qual participaram centenas de milhares de cidadãos.
"Quero sentir o poder do povo. Manifestem-se conosco. (Vocês) Têm que estar lá e têm que dizer presente. Eu peço, por favor. É parte do futuro dos seus filhos e dos filhos dos seus filhos. 'Ricky, (Roselló) você tem que ir embora já", conclui a mensagem
Rosselló está imerso em uma crise institucional e política por causa de sua participação em um polêmico conversa por mensagens de celular com membros de seu círculo íntimo no governo, na qual zombam e insultam jornalistas, artistas e políticos famosos.
Está prevista para esta segunda-feira uma greve geral e uma manifestação em San Juan, no que seria o décimo dia de protestos contra o líder do território. EFE
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