Trump diz que congressistas democratas devem pedir desculpas a EUA e Israel
Washington, 21 jul (EFE).- Acusado de racismo após afirmar que quatro congressistas democratas deveriam deixar os Estados Unidos, o presidente Donald Trump voltou a atacar o grupo de opositoras neste domingo, ao afirmar que elas deveriam pedir desculpas ao país e a Israel.
"Não acho que as quatro congressistas sejam capazes de amar nosso país. Devem se desculpar com os Estados Unidos (e Israel) pelas coisas horríveis (cheias de ódio) que disseram", escreveu o presidente americano no Twitter.
Há uma semana, Trump usou a rede social para atacar o grupo de congressistas, conhecido como "The Squaq" e formado pela latina Alexandria Ocasio-Cortez, pela afro-americana Ayanna Pressley e pelas muçulmanas Ilhan Omar e Rashida Tlaib.
"Elas estão destruindo o Partido Democrata, mas pessoas fracas e inseguras nunca poderão destruir nossa grande nação", continuou Trump no Twitter.
As mensagens nas quais o presidente pedia para que as quatro congressistas voltassem aos respectivos seus países foram muito criticadas pela oposição e até por aliados do Partido Republicano. Desde então, Trump tem sido acusado de racismo e de apoiar o supremacismo branco.
Ocasio-Cortez, Tlaib e Pressley nasceram em Nova York, Detroit e Chicago, respectivamente. Já Omar nasceu na Somália, mas foi trazida ainda criança por seus pais para viver no país e tem cidadania americana.
Perguntado se considera Trump racista, o presidente do Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara dos Representantes, o democrata Elijah Cummings, deu uma resposta sucinta e enfática. "Não há qualquer dúvida sobre isso", disse o congressista.
"Quando você não está de acordo com o presidente, de repente vira uma pessoa ruim", lamentou Cummings em entrevista à emissora "ABC".
Os ataques feitos por Trump no último domingo foram repetidos por simpatizantes em um comício realizado nesta semana em Greenville, na Carolina do Norte. Enquanto o presidente criticava a congressista de origem somali, o público começou a cantar "Mande-a de volta".
Trump tentou se distanciar dos cânticos no dia seguinte, ao dizer que não estava de acordo com as palavras de ordem ditas pelos simpatizantes, mas entrou em contradição na sexta-feira, quando chamou os eleitores que compareceram ao comício de "patriotas incríveis".
Questionado se estava "descontente" com o cântico racista, Trump respondeu que não. "Sabem com o que estou descontente? Com o fato de uma congressista poder odiar o nosso país", completou o presidente americano. EFE
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