Ataque próximo ao aeroporto de Mogadíscio deixa 19 mortos e 23 feridos
(Atualiza número de vítimas e acrescenta autoria de Al Shabab).
Mogadíscio, 22 jul (EFE).- Pelo menos 19 pessoas morreram e outras 23 ficaram feridas nesta segunda-feira em um ataque suicida com carro-bomba nos arredores de um posto de controle perto do aeroporto internacional Aden Adde de Mogadíscio, segundo confirmou a polícia à Agência Efe.
O ataque, que provocou uma enorme explosão e uma grande coluna de fumaça preta, aconteceu em uma área entre o hotel Afrik, que sofreu danos materiais, e a intersecção conhecida como K-4 na estrada que leva ao aeroporto da capital da Somália.
"Fui testemunha da explosão e vi os corpos de 11 pessoas. A área estava muito movimentada e havia gente que entraria no aeroporto", que está a pouco mais de um quilômetro do local do ataque, disse à Efe o policial Ali Wiirow.
Cinco dos mortos são membros das forças de segurança, entre eles o responsável do posto de controle, Hussein Aanka, da Agência Nacional de Inteligência e Segurança (NISA) da Somália.
Wiirow cifrou também o número de feridos em 23, um dado superior aos 15 que tinha confirmado anteriormente à Efe o agente sanitário Mohammed Abshir, da clínica Barwaaqo, localizada próxima à K-4.
As forças de segurança isolaram a área após a explosão, que também danificou vários veículos que se preparavam para passar pelo posto de controle, segundo pôde constatar a Efe.
Perto do aeroporto se encontra a chamada "zona verde" de Mogadíscio, que abriga várias embaixadas estrangeiras, pessoal da ONU e da Missão da União Africana na Somália (AMISOM), entre outros.
O grupo jihadista Al Shabab, que costuma cometer este tipo de atentado com frequência na capital do país, reivindicou o atentado e indicou que seu alvo era o aeroporto internacional.
Um dos ataques recentes mais graves de Al Shabab foi o cometido no último dia 12 na cidade portuária de Kismayo, onde morreram pelo menos 26 pessoas, entre elas dois americanos, um britânico e um canadense.
Al Shabab, que aderiu formalmente à rede terrorista Al Qaeda em 2012, controla parte do centro e do sul da Somália e luta com o objetivo de instaurar um Estado islâmico do tipo wahhabista nesse país.
A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país sem um governo efetivo e à mercê de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e grupos de delinquentes armados. EFE
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