Trump nega que 17 iranianos detidos sejam espiões da CIA
Washington, 22 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta segunda-feira que os 17 iranianos detidos pelo governo do Irã trabalhassem para a CIA e garantiu que as acusações são "apenas mais mentiras e propaganda".
"O relatório do Irã de que capturou espiões da CIA é totalmente falso. Verdade zero. Apenas mais mentiras e propaganda (como o drone abatido) lançadas por um regime religioso que está falhando e não tem ideia do que fazer", escreveu Trump em mensagem publicada na sua conta pessoal do Twitter.
"Sua economia está morta e ficará muito pior. O Irã é uma bagunça total!", acrescentou.
O governo dos Estados Unidos alega que na quinta-feira passada seu navio avião de assalto anfíbio USS Boxer derrubou um drone iraniano por realizar uma manobra "hostil" ao sobrevoar o estreito de Ormuz, o que é negado por Teerã.
Em meados de junho, a Guarda Revolucionaria iraniana havia anunciado a derrubada de uma aeronave não tripulada americana por sobrevoar a região de Koohe Mobarak, na província de Hormozgan, uma alegação que na ocasião também foi rejeitada plenamente pelo Pentágono.
Por sua parte, ao ser consultado pela Agência Efe sobre a detenção dos supostos espiões, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca se limitou a declarar que este órgão "não comenta atividades de inteligência".
Os Serviços de Inteligência iranianos anunciaram nesta segunda-feira a detenção de 17 cidadãos acusados de trabalhar como espiões para a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos e que alguns deles já foram condenados à morte.
Estes espiões fariam parte de uma rede de espionagem cibernética dos EUA que foi desmantelada pelo Irã há algum tempo, segundo revelaram no mês passado as autoridades iranianas.
O chefe de antiespionagem do Ministério de Inteligência do Irã, cujo nome não é público, disse nesta segunda-feira em entrevista coletiva que aqueles que "tinham colaborado consciente e deliberadamente (com a CIA)" foram entregues ao Poder Judiciário e condenados à morte ou a "longas" penas de prisão.
A tensão entre Irã e EUA aumentou depois que a Casa Branca anunciou, em maio do ano passado, sua decisão de abandonar o denominado Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA, na sigla em inglês), como é conhecido tecnicamente o acordo multilateral nuclear com Teerã que foi impulsionado pelo governo americano anterior.
Após sua retirada do acordo, o governo Trump impôs sanções a empresas e pessoas estreitamente vinculadas com o governo iraniano e focou suas represálias na exportação de petróleo por parte de Teerã, que é vital para a economia desse país. EFE
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