Raúl Castro e Lavrov inauguram Estátua da República reparada com ajuda russa

Havana, 24 jul (EFE).- O ex-presidente de Cuba, Raúl Castro, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, reinauguraram nesta quarta-feira a emblemática Estátua da República no Capitólio de Havana, a terceira maior do mundo situada sob um teto, reformada e coberta em ouro com financiamento e técnicas russas.

O líder do Partido Comunista de Cuba e o chanceler russo presidiram a cerimônia de reinauguração, incluída na agenda da visita oficial de Lavrov à ilha para coordenar a cooperação econômica e cultural entre as duas nações.

Mais de 20 especialistas russos restauraram e aplicaram uma fina camada de ouro de 24 quilates sobre o monumento, que tem mais de 18 metros de altura e está situado no hall do Capitólio em Havana, edifício que passa por uma restauração que já dura quase uma década, mas cujos trabalhos devem ser concluídos antes da comemoração dos 500 anos de Havana em novembro.

Além da estátua, o projeto milionário de cooperação inclui a reforma e cobertura em ouro da cúpula do edifício, construído entre 1926 e 1929 e inspirado no Capitólio de Washington, e considerado o terceiro em importância do mundo por seu volume e sede atual da presidência da Assembleia Nacional da ilha.

"Cuba é um amigo fiel e aliado estratégico da Rússia. Nossa relação passou pelo teste do tempo e hoje segue se desenvolvendo. (...) Este projeto conjunto é um exemplo da cooperação e da amizade que nos une", afirmou Lavrov durante a cerimônia.

Esculpida pelo italiano Angelo Zanelli, que também assinou os frisos e as duas grandes estátuas situadas no topo da escadaria do edifício, a estátua foi inspirada na deusa grega Palas Atena e modelada à imagem de duas cubanas: uma mulher branca da alta burguesia para o rosto e uma afro-cubana para o corpo.

No centro da sala se eleva a enorme e icônica cúpula do Capitólio de Havana, na qual trabalham especialistas russos e que deve ficar pronta em setembro, segundo o Historiador de Havana, Eusebio Leal, que agradeceu ao presidente russo, Vladimir Putin, a "doação que possibilitou a obra".

Embora não esteja incluída na agenda oficial da visita de dois dias que o ministro russo cumpre em Havana, é provável que Lavrov se reúna com o atual presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que visitou Moscou e assinou junto a Putin vários acordos de cooperação econômica e cultural. EFE