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Pompeo justifica novas tarifas dizendo que China voltou atrás sobre acordo

02/08/2019 01h38

Bangcoc, 2 ago (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Michael Pompeo, defendeu nesta sexta-feira o anúncio de novas tarifas do seu país a produtos chineses e recriminou Pequim por ter voltado atrás de um princípio de acordo fechado na última rodada de negociações.

"Durante décadas a China tem se aproveitado do comércio à custa dos EUA e de outros países na Ásia. Isto tem que acabar. O presidente Trump diz que vai regular isso. E regulá-lo requer determinação", disse Pompeo em Bangcoc.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou na quinta-feira a imposição de novas tarifas tarifárias de 10% sobre importações chinesas avaliadas em US$ 300 bilhões a partir do dia 1 de setembro, um dia depois de uma rodada de conversas bilaterais terminar sem acordo.

"O que queremos é simples e os chineses chegaram a fazer falar em acordo. Mas depois voltaram atrás (...) Havia um acordo acima da mesa que teria nos colocado no caminho certo", acrescentou Pompeo, quem participa da cúpula de chanceleres da Associação de Nações do Sudeste da Ásia (Asean) na capital da Tailândia.

Pompeo disse que as negociações buscam definir como se desenvolverá o comércio no mundo todo e questionou que países como a China imponham tarifas a empresas americanas que investem no país asiático quando os EUA permanecem abertos.

"Você quer dos outros um tratamento justo, equilibrado, recíproco? Quando isto acontecer a Ásia crescerá, o Sudeste da Ásia crescerá, a economia mundial crescerá. Mas não pode ocorrer quando um país recorre ao protecionismo para proteger seus bens e utiliza táticas predadoras para negar a outras economias a oportunidade de crescer", disse Pompeu.

O secretário americano afirmou que os EUA dão boas-vindas a qualquer investimento estrangeiro sempre que não comprometa a segurança nacional e que siga normas da livre concorrência, sem subsídios que "criem campeões a partir de objetivos políticos".

Pompeo recriminou Pequim por não concorrer de uma forma "justa" e "transparente" e lhe deu prazo para retomar o princípio de acordo a fim de recomeçar as conversas na próxima rodada prevista para o mês que vem nos EUA. EFE