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Trump propõe fortalecer controle de antecedentes para compradores de armas

07/08/2019 13h51

Washington, 7 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs nesta quarta-feira fortalecer a verificação dos antecedentes criminais de compradores de armas e afirmou que o Congresso tem um "forte apetite" político para aprovar uma lei nesse sentido.

Trump conversou com a imprensa na Casa Branca antes de viajar para as cidades de El Paso, no Texas, e Dayton, em Ohio, onde dois tiroteios deixaram 31 mortos no fim de semana passado.

"Acredito que tanto republicanos como democratas estão se aproximando de uma lei que endureceria o controle de antecedentes", comentou Trump.

Em fevereiro, a Câmara dos Representantes, de maioria democrata, aprovou uma lei segundo a qual o governo federal deveria fazer um controle de antecedentes criminais para todas as pessoas que quisessem comprar uma arma, inclusive em compras pela internet e em festivais de armas. No entanto, o Senado, controlado pelos republicanos, bloqueou essa proposta ao se negar a submetê-la à votação.

Trump explicou que nos últimos dias teve "muitas conversas" com membros do Legislativo e notou "um apetite muito forte" a favor de medidas para o controle de antecedentes criminais.

Apesar disso, o presidente declarou que "neste momento não há apetite político" para restringir os fuzis de assalto, armas de grande potência que foram usadas nos tiroteios de El Paso e Dayton.

"Os controles de antecedentes criminais são importantes. Não quero armas em mãos de gente instável, de gente com raiva ou com ódio, gente doente", frisou.

Atualmente, 21 dos 50 estados dos EUA aprovaram leis estaduais para revisar os antecedentes de compradores de alguns tipos de armas. Em nível federal, porém, os vendedores que comercializam pela internet ou em festivais de armas não são obrigados a fazer esses controles.

Por outro lado, Trump se eximiu de responsabilidade ao dizer que sua retórica não contribuiu para a violência dos tiroteios. "Meu discurso une o povo", ressaltou. EFE