Houthis iemenitas atacam instalações de petróleo sauditas com 10 drones
Cairo, 17 ago (EFE).- Os rebeldes houthis do Iêmen utilizaram dez drones neste sábado para atacar um grande complexo de refinarias e jazidas da companhia de petróleo estatal saudita Aramco no leste da Arábia Saudita, informou o canal de televisão "Almasirah", controlado pelo movimento iemenita.
A ação aconteceu no início desta manhã contra o complexo de Al Shaiba e foi a maior "operação das armas aéreas" contra alvos sauditas, segundo o porta-voz militar houthi, Yahya Sarea, em declarações reproduzidas pelo canal.
De acordo com Sarea, o ponto atacado é o principal estoque de petróleo da Arábia Saudita, com cerca de um bilhão de barris. Os houthis afirmam que as instalações pertencem à Aramco, que as agências de classificação de risco Moody's e Fitch consideram a empresa mais lucrativa do mundo, com um lucro líquido estimado em US$ 111,1 bilhões em 2018.
Os ataques com drones a aeroportos e alvos militares e instalações de petróleo sauditas são comuns para os rebeldes. Nas últimas semanas, essas operações foram realizadas quase todos os dias.
O conflito iemenita estourou no final de 2014, quando os rebeldes ocuparam Sana e outras províncias do país e expulsaram o presidente Abdo Rabu Mansour Hadi, hoje exilado na Arábia Saudita.
Riad e os aliados árabes intervêm militarmente no conflito desde março de 2015 para tentarem derrotar os houthis, apoiados pelo Irã, e restituir o líder exilado.
Paralelamente, nos últimos dias foi gerado um conflito dentro do conflito em Áden, a sede provisória do governo do Iêmen reconhecido internacionalmente, onde separatistas do sul tentaram um golpe de Estado contra as instituições oficiais.
Segundo a ONU, mais de 24 dos 30 milhões de habitantes necessitam assistência internacional para cobrir as necessidades básicas em um país que vive a "pior catástrofe humanitária do planeta". EFE
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