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Itália conclui desembarque de 27 menores desacompanhados do Open Arms

17/08/2019 14h00

Roma, 17 ago (EFE).- Os 27 menores de idade desacompanhados que estavam entre os 134 migrantes resgatados a bordo do Open Arms já chegaram ao píer do porto de Lampedusa, no sul da Itália, em duas lanchas da Guarda Litorânea e da Guarda de Finanças do país, e pisaram em terra firme após de 16 dias no navio humanitário espanhol.

A operação foi supervisionada por Salvatore Vella, procurador adjunto da cidade de Agrigento, na região da Sicília. O desembarque desses menores foi autorizado pelo ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, que acatou a solicitação do primeiro-ministro, Giuseppe Conte.

Salvini, o encarregado de permitir os desembarques em portos italianos, aceitou de má vontade o desembarque dos menores desacompanhados.

"Como outro exemplo de parceria leal, tomarei medidas para que não haja obstáculos à execução desta ordem", declarou Salvini, ao ressaltar que a sua posição a respeito do assunto não mudou e criticar que, "enquanto Madri não movimenta um músculo, as pressões se multiplicam sobre a Itália".

Após receber a autorização para o desembarque neste sábado, a ONG espanhola Open Arms pediu mais tempo para poder comunicar as notícias ao demais migrantes a bordo, "a fim de garantir o equilíbrio e a serenidade de todas as pessoas", em meio à tensão cada vez maior no navio.

Uma vez concluído o desembarque desses menores, será realizada uma inspeção das condições de higiene e saúde ordenada pela Procuradoria de Agrigento, que será feita pela polícia judiciária e dois médicos do Ministério da Saúde.

O navio Open Arms está proximo ao litoral da ilha de Lampedusa, no sul da Itália, há dois dias. O fundador da organização, Oscar Camps, pediu neste sábado para que a Itália permita o desembarque dos migrantes, já que a ONG não pode mais garantir a segurança a bordo e teme um motim. Segundo ele, tanto os resgatados como a tripulação estão "sequestrados".

Camps também apelou ao presidente do governo espanhol interino, Pedro Sánchez, para que "proteja os direitos dos cidadãos espanhóis que estão encarregadas da segurança das pessoas em uma embarcação com bandeira espanhola que está sequestrado em águas italianas". EFE