Navio da Open Arms pede para atracar em Lampedusa ou transferir migrantes
Roma, 18 ago (EFE).- O comando do navio da ONG espanhola Open Arms insitiu neste domingo que não poderá navegar até a Espanha com 107 migrantes e solicitou que os refugiados transportados desembarquem em Lampedusa, na Itália, ou sejam transferidos, para fazer travessia mais rápida e em melhores condições.
Os pontos constam em documento enviado pelo capitão do Open Arms a todas as autoridades italianas, assim como para o Centro de Coordenação de Resgate Marítimo da Espanha, a que a Agência Efe teve acesso.
O texto foi enviado antes do governo espanhol apresentar uma nova opção ao navio, para que desembarque no porto do país mais próximo a Lampedusa, ao invés do porto Algeciras, na Andaluzia.
De acordo com a Open Arms, a ida até o sul da Espanha só seria possível em outra embarcação, devido a "situação crítica" em que se encontram os 107 migrantes, ou então, com o a aceitação de todos no porto italiano.
Os integrantes da Open Arms recusaram a primeira proposta de ir até Algeciras, devido a distância do ponto em que o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, impede a chegada. Para alcançar a região do sul espanhol seriam necessários cinco dias de navegação.
"Depois de 26 dias de missão, 17 de espera com 134 pessoas a bordo, uma resolução judicial a favor e seis países dispostos a acolhar, querem que naveguemos 950 milhas, por cinco dias mais, até Algeciras, o porto mais distante do Mediterrâneo, com uma situação insustentável a bordo?", indagou o fundador da ONG, Oscar Camps, em postagem no Twitter.
Hoje, vários resgatados pelo navio se lançaram na água, para tentar chegar nadando até o porto de Lampedusa. A embarcação entrou na sexta-feira em águas territoriais italianas após autorização de um tribunal administrativo, que derrubou o veto imposto por Salvini. EFE
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