Príncipe Andrew se diz abalado com acusações de abuso sexual contra Epstein
Londres, 19 ago (EFE).- O príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II, ficou "abalado" com as recentes publicações relacionadas com o caso de Jeffrey Epstein, empresário americano acusado de tráfico sexual de menores e que foi encontrado morto em um prisão dos Estados Unidos, indicou nesta segunda-feira o Buckingham Palace.
Em comunicado, a residência oficial se referiu a imagens de 2010 publicadas no domingo pelo tablóide "Daily Mail", nas quais Andrew, que detém o título de duque de York, é visto dentro da mansão de Nova York do empresário americano se despedindo de uma jovem que deixa o local.
Epstein, de 66 anos, foi encontrado morto em uma cela enquanto aguardava um julgamento pelas acusações de tráfico sexual de menores.
"O duque de York ficou horrorizado e abalado com as recentes publicações sobre os supostos crimes de Jeffrey Epstein", afirmou a nota.
"Seu vossa alteza real deplora a exploração de qualquer ser humano e sugerir que ele perdoaria, participaria ou encorajaria qualquer conduta deste tipo é horroroso", acrescentou a residência real britânica.
No último dia 13, o Palácio de Buckingham divulgou um primeiro comunicado no qual negava "categoricamente" as acusações de abuso sexual contra o príncipe após a revelação do escândalo.
Epstein foi fotografado frequentemente junto com famosos e políticos, como o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e o atual líder desse país, Donald Trump.
O irmão de Charles da Inglaterra e Epstein se conheceram nos anos 90 mediante uma amiga em comum chamada Ghislaine Maxwell, filha de Robert Maxwell, um bem-sucedido empresário da imprensa.
Nos anos posteriores, foram vistos tirando férias nos mesmos lugares e, inclusive, o príncipe convidou Epstein à casa de campo da família real britânica em Sandringham e ao Castelo de Windsor.
Depois que o magnata foi julgado em 2008 e deixou a prisão em 2010, ambos foram fotografados juntos em Nova York, o que obrigou o príncipe a pedir desculpas, a declarar que tinha rompido sua relação com o acusado e a renunciar ao seu cargo de representante do Reino Unido para o Comércio Exterior. EFE
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