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Migrantes do navio Open Arms serão recebidos por 5 países da UE

21/08/2019 09h47

Bruxelas, 21 ago (EFE).- Espanha, França, Alemanha, Luxemburgo e Portugal dividirão os 83 migrantes do Open Arms, que desembarcaram na noite passada na ilha de Lampedusa, no sul da Itália, informou a Comissão Europeia nesta quarta-feira.

Os cinco países enviarão à Itália equipes especializadas para registrar e entrevistar os imigrantes. Será verificado se eles têm família em algum país da União Europeia (UE) ou se já solicitaram asilo anteriormente.

A Romênia, que também tinha se oferecido para receber migrantes do Open Arms, não participará da repartição porque os demais países já cobrirão as necessidades, mas a oferta ficará reservada para uma próxima ocasião.

Os cinco Estados-membros que participarão da distribuição anunciarão o número de imigrantes que receberão e decidirão como será feita a mudança da Itália.

A porta-voz da Comissão Natasha Bertaud afirmou nesta quarta-feira que o órgão está pronto para dar início à realocação dos migrantes.

"Agora estamos prontos para começar a coordenar o processo de realocação e proporcionar um apoio operacional às autoridades italianas no terreno, na Itália", disse Bertaud na entrevista coletiva diária da Comissão Europeia.

Como o desembarque aconteceu na madrugada da quarta-feira, ainda não foi possível dar início a esses procedimentos, segundo as fontes consultadas.

As equipes da Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex) e do Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo (EASO) darão suporte às autoridades italianas para processar as solicitações de asilo e outras tarefas.

A União Europeia tinha repetido nos últimos dias que estava preparada para exercer esses trabalhos, mas que não poderia começar até que as pessoas fossem desembarcadas.

A porta-voz comunitária não quis se pronunciar sobre a possibilidade de a Espanha sancionar a Open Arms por resgatar migrantes, já que o navio da organização não possuía licença para essa atividade. Segundo ela, a decisão depende das autoridades nacionais. EFE