Nova-iorquinos protestam para que avenida da Trump Tower ganhe nome de Obama
Nova York, 21 ago (EFE).- Um grupo de nova-iorquinos se reuniu em frente à Trump Tower nesta quarta-feira para pedir que o trecho da Quinta Avenida onde fica o prédio, residência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de ele se mudar para a Casa Branca, seja batizado como "Avenida Presidente Barack Obama".
Sob o atento olhar da Polícia de Nova York, a manifestação reuniu cerca de 50 pessoas em frente ao edifício de Trump, apesar de uma petição online para exigir a mudança do nome da avenida para homenagear o ex-presidente Barack Obama ter recebido 435 mil assinaturas.
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A organizadora do protesto, Elizabeth Rowin, da organização MoveOn, disse à Agência Efe que a ideia surgiu a partir de uma piada feita por um morador do estado de Virgínia Ocidental no Twitter. Ela própria considerava a medida como uma brincadeira no início.
Mas a proposta viralizou após receber o apoio de artistas, o que fez Rowin levar a ideia ao Conselho Municipal. Agora, a ativista tenta apoio de algum vereador de Nova York para que a Avenida Barack Obama saia do papel.
Caso a ideia seja aprovada, todos os endereços nesse trecho da Quinta Avenida seriam trocados. Desta forma, a Trump Tower ficaria localizada no número 725 da Avenida Presidente Barack H. Obama.
Erica McClain, uma das moradoras da cidade que participou do protesto, afirmou que seria divertido ver a mudança acontecer. Filha de uma imigrante alemã que se mudou para os EUA, ela vê a proposta como uma forma de mostrar que Trump não representa a cidade.
"Trump é um presidente que controla todos, é anti-mulheres, anti-imigrantes. Essa é uma forma divertida de dizermos que não gostamos dele, que não é o que queremos", afirmou.
O único obstáculo que a iniciativa de Rowin enfrenta é legal. A legislação da cidade de Nova York determina que uma pessoa só pode virar nome de rua dois anos depois de morrer.
"É importante assinalar que embora esse seja o processo normal, exceções têm ocorrido", afirmou o vereador Ydanis Rodríguez.
Já Rowin afirmou que não há razão para que a prefeitura de Nova York não aprove a proposta. EFE