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Duque oferece ajuda para combater incêndios na Amazônia

22/08/2019 13h06

Bogotá, 22 ago (EFE).- O presidente da Colômbia, Iván Duque, ofereceu nesta quinta-feira ajuda aos governos vizinhos para combater os incêndios que consumiram vastas zonas florestais da Amazônia, incidente que classificou como "tragédia ambiental".

"A tragédia ambiental na Amazônia não tem fronteiras e deve chamar a atenção de todos. Nós, do governo nacional, oferecemos aos países irmãos o nosso apoio para trabalhar conjuntamente em um propósito urgente: proteger o pulmão do mundo", escreveu o governante no Twitter.

As imagens dos incêndios que já atingiram vários estados brasileiros dispararam um alerta mundial nesta semana e repercutiram em massa nas redes sociais, com intensa pressão para que as autoridades trabalhem para solucionar o problema.

Como parte dessa mobilização, nas redes circula a convocação para um protesto na sexta-feira, em frente à embaixada do Brasil em Bogotá, com o objetivo de cobrar medidas do país.

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quinta-feira que não tem provas para acusar ONGs pelos incêndios que devastam parte da Amazônia, como havia dito na quarta-feira, mas reiterou que as organizações são as "maiores suspeitas" pelo desastre causado pela seca, as altas temperaturas e também pelo desmatamento.

"Podem ser fazendeiros também, todo o mundo é suspeito, mas a maior suspeita vem das ONGs", afirmou Bolsonaro.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que contabiliza os incêndios no Brasil mediante imagens de satélite, os focos de fogo em todo o país neste ano superam em 83% a quantidade registrada no mesmo período em 2018.

A Colômbia também não é alheia aos incêndios florestais. Nos últimos dias, os bombeiros e o Exército combateram vários fogos, o de maior gravidade no departamento de Huila, no sul do paísm onde 100 hectares foram consumidos pelas chamas.

"No total, foi possível proteger 700 hectares que estavam ameaçados pelo fogo, evitando um prejuízo maior", explicou o Exército em comunicado. EFE