Tusk fecha a porta para Rússia e propõe que G7 convide Ucrânia
Biarritz (França), 24 ago (EFE).- O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, propôs neste sábado que a Ucrânia seja convidada para a cúpula do G7 de 2020 e fechou a porta de forma contundente ao eventual retorno da Rússia ao grupo, como deseja os Estados Unidos.
Em entrevista coletiva em Biarritz, na França, antes do início da edição deste ano da cúpula do G7, Tusk disse que "as razões pelas quais a Rússia deixou de ser convidada em 2014 ainda são válidas, e inclusive há novas razões, como a provocação russa no mar de Azov".
Além disso, o presidente do Conselho declarou que tentará convencer os demais participantes da cúpula em Biarritz para que o novo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, participe da edição de 2020 como convidado.
O ex-primeiro-ministro polonês lembrou que o presidente americano, Donald Trump, já havia proposto há um ano que a Rússia volte a participar do fórum com o argumento de que a anexação da Crimeia "estava parcialmente justificada" e que "esse epidódio deveria ser aceito".
"Em nenhuma condição podemos aceitar esse raciocínio", concluiu Tusk, que representa o setor mais contrário à volta da Rússia, enquanto os EUA pedem abertamente o retorno, e França e Japão aceitam debater o assunto.
Para o político polonês, que deixará a presidência do Conselho Europeu em 1º de dezembro para ser sucedido pelo belga Charles Michel, quando a Rússia ingressou no G7, em 1998, "acreditava-se que seguiria o caminho da democracia liberal, do Estado de direito e dos direitos humanos. Alguém pode dizer (...) que a Rússia está nesse caminho?", questionou.
Em 2014, o G7 suspendeu o convite à Rússia em resposta à anexação da península Crimeia, então parte do território ucraniano, mas cuja maioria da população é de origem russa. EFE
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