Indonésia se despede do ex-presidente Habibie, que morreu ontem, aos 83 anos
Jacarta, 12 set (EFE).- A Indonésia realizou nesta quinta-feira o funeral de Estado de seu terceiro presidente da República, Jusuf Habibie, que faleceu ontem, em Jacarta, aos 83 anos, devido a uma doença coronariana e deixa o legado de iniciar a transição democrática do país no final da década de 1990.
O político foi sepultado entre orações islâmicas e saudações militares em uma grande cerimônia no cemitério dos Heróis Nacionais, na capital do país, onde esteve presente o atual presidente indonésio, Joko Widodo, e diversos representes das esferas política, empresarial e religiosa.
"Ele era um verdadeiro estadista, um cientista inspirador que acreditava que, sem amor, a inteligência é perigosa", disse Widodo durante o funeral, após a saída do corpo que foi acompanhado por milhares de pessoas pelas ruas da capital.
O filho mais velho do ex-presidente, Ilham Akbar Habibie, disse que seu pai primeiramente lutou "pela tecnologia e a indústria, segundo, pelo islã e pela democracia na Indonésia, que são compatíveis".
Habibie, um renomado engenheiro aeronáutico, iniciou sua carreira política em 1974 pelas mãos do ditador Suharto, que governou com mãos de ferro o país asiático de 1967 até 1998, e ocupou o cargo de ministro da Tecnologia e Investigação durante duas décadas.
Apesar de seu estreito relacionamento com Suharto, que o nomeou vice-presidente dois meses antes de renunciar, Habibie realizou uma série de reformas drásticas que ajudaram a recuperação após a crise econômica asiática de 1997, possibilitando as eleições de 1999 e descentralizando o Governo.
O terceiro chefe de Estado da Indonésia permaneceu ligado ao desenvolvimento político e tecnológico de seu país como uma figura pró-democrática moderada e respeitada.
Habibie se formou como cientista na Alemanha e trabalhou na empresa aeroespacial alemã Messerschmitt-Bolkow-Blohm (MBB), que fez parte do consórcio da Airbus, e depois liderou o desenvolvimento da indústria aeronáutica indonésia durante seu período como ministro. EFE
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