Ex-executivo da OAS é condenado a pagar R$ 26,5 mil à Guatemala por corrupção
Cidade da Guatemala, 13 set (EFE).- Um tribunal da Guatemala determinou nesta sexta-feira que um ex-executivo da construtora brasileira OAS, já condenado a cinco anos de prisão, deverá pagar uma multa de 50 mil quetzais (cerca de R$ 26,1 mil) ao governo do país centro-americano por participar de um esquema de corrupção envolvendo empreiteiras e políticos.
Segundo a investigação conduzida pelo Ministério Público e pela Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), Rodrigo Sampaio Mattos estava envolvido no esquema que ficou conhecido como "Construção e Corrupção", uma espécie de Lava Jato guatemalteca. O principal investigado deste caso é o ex-ministro das Comunicações Alejandro Sinibaldi, que teria recebido mais de US$ 13 milhões em propinas.
Mattos foi preso no dia 5 de agosto no aeroporto de La Aurora, na Cidade da Guatemala, capital do país. Na última terça-feira, o executivo brasileiro foi condenado a cinco anos de prisão, que poderão ser convertidos no pagamento de 5 quetzais (R$ 2,61) para cada dia de pena. Agora, ele também terá que pagar a multa de R$ 26,1 mil determinada pela Justiça.
O esquema que seria liderado por Sinibaldi atuava nas licitações de obras públicas. De acordo com as investigações, o ex-ministro recebia propinas por meio de três empresas fantasmas e outros oito conglomerados empresariais. Ele também foi delatado pela construtora brasileira Odebrecht.
Desde 14 de julho de 2016, quando o esquema foi revelado, as autoridades da Guatemala prenderam dezenas de pessoas. O ex-ministro, que está foragido, é acusado de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, financiamento eleitoral ilícito e corrupção passiva.
Sinibaldi, que renunciou ao cargo em setembro de 2014 para ser candidato à presidência do país, também é acusado de ter participado de outro escândalo de corrupção. O caso provocou a prisão do ex-presidente Otto Pérez Molina e da ex-vice-presidente Roxana Baldetti.
No "Construção e Corrupção", o ex-ministro teria recebido US$ 1 milhão da OAS para facilitar a vitória da empresa na licitação de obras na CA2 Oriente, estrada que fica no sudeste do país. No fim, a construtora não venceu a disputa, mas o dinheiro também não foi devolvido e está embargado no Panamá. EFE
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