Catar esquece questões diplomáticas e estende a mão à Arábia Saudita
Cairo, 16 set (EFE).- O ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al Zani, condenou nesta segunda-feira os ataques do último sábado contra duas refinarias da companhia petrolífera saudita Aramco e estendeu a mão à Arábia Saudita, país com o qual não há relações há mais de dois anos, para conseguir a segurança no Golfo.
"Condenamos os ataques a instalações vitais e civis, e o recente ocorrido em Abqaiq. Estas guerras e conflitos precisam parar e que os esforços se solidarizem para conseguir a segurança coletiva e conjunta na região", afirmou o chanceler, em sua conta do Twitter dois dias depois após o fato.
Esta é uma declaração incomum de uma importante autoridade catari para apoiar a Arábia Saudita, país que acusou o Catar de "financiar o terrorismo" e ter se aproximado de seu amargo inimigo, o Irã, algo que sempre foi negado por Doha.
Por causa dessas acusações, a Arábia Saudita rompeu repentinamente todas as relações com o Catar em junho de 2017, decisão apoiada pelos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito e que dura até hoje.
No Catar está localizada a base americana de Al Udeid, onde estão destacados cerca de 13 mil militares, a maior na região do Golfo.
Os rebeldes iemenitas houthis, xiitas e respaldados pelo Irã, reivindicaram o ataque com dez drones contra duas refinarias da Aramco, no noroeste da Arábia Saudita, causando a suspensão de 50% da produção da maior petrolífera do mundo, afetando bolsas de valores e preços do petróleo ao redor do planeta.
Os Estados Unidos e a coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita acusaram o Irã de ser o verdadeiro responsável do ataque.
O porta-voz da coalizão, Turki al Maliki, manifestou hoje que tais ataques não foram realizados a partir do Iêmen, como os houthis reivindicaram, embora ainda estejam investigando seu verdadeiro ponto de partida. EFE
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