Topo

Sánchez pede "responsabilidade" a todos os partidos para evitar eleições

16/09/2019 10h11

Almería (Espanha), 16 set (EFE).- O presidente interino do governo espanhol, Pedro Sánchez, pediu nesta segunda-feira para que "todos os atores políticos" assumam a responsabilidade de desbloquear a situação política para evitar novas eleições.

O rei Filipe VI iniciou uma rodada de consultas com os partidos com representação no Congresso para determinar se há um candidato à chefia do governo com apoio parlamentar suficiente ou se serão convocadas eleições.

Sánchez, que se pronunciou na cidade de Almería, enquanto visitava algumas regiões do sudeste espanhol danificadas pelas graves inundações da semana passada, pediu também que a coalizão de esquerda Unidas Podemos não rejeite pela terceira vez a formação de um "governo progressista" na Espanha.

O líder socialista espanhol, cujo partido (PSOE) foi o vencedor das eleições de 28 de abril, mas sem a maioria necessária para governar sozinho, insistiu para que os demais partidos a permitam a formação de um governo "em plenas faculdades" para evitar novas eleições no dia 10 de novembro.

Segundo Sánchez, desafios como as consequências econômicas do Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia), previsto para 31 de outubro, e o progressivo esfriamento da economia internacional aumentam ainda mais a "importância de ter um governo".

Desde as eleições de abril, PSOE e Unidas Podemos não conseguiram chegar a um acordo para formar governo, já que os socialistas querem governar sozinhos e com apoio parlamentar externo do Podemos. Já o Podemos exige uma coalizão formal.

O líder do partido liberal Ciudadanos, Albert Rivera, que até agora manteve junto com o conservador Partido Popular (PP) uma oposição frontal a Sánchez, abriu pela primeira vez nesta segunda-feira a porta para que ambos os partidos possam se abster no Congresso caso que o líder socialista volte a buscar a presidência do governo.

No entanto, Rivera impôs várias condições (uma delas é que os socialistas abandonem o governo da região de Navarra) que não são facilmente aceitáveis para o PSOE, que ainda não reagiu à proposta. EFE