Boca de urna em Israel aponta empate técnico entre Netanyahu e Gantz
Jerusalém, 17 set (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o general e ex-comandante do Estado-Maior Benny Gantz aparecem tecnicamente empatados nas primeiras pesquisas de boca de urna divulgadas após o encerramento da votação para as eleições gerais desta terça-feira no país.
Segundo a média das projeções, nem o partido direitista Likud, de Netanyahu, como o centrista Azul e Branco, de Gantz, conseguiriam maioria suficiente no Parlamento para formar um governo.
A pesquisa da rede de televisão estatal "Kan" apontou um empate técnico de 32 cadeiras para as duas legendas. A do "Canal 12" indicou 33 para o Likud e 34 para o Azul e Branco, e segundo a do "Canal 13" ambos ficariam com 31 e 33, respectivamente, o que mostra uma leve vantagem para Gantz.
A Lista Unida, que agrupa os partidos árabes, seria a terceira chapa mais votada, de acordo com as três pesquisas, conseguindo de 11 a 13 deputados, seguida pelo direitista Israel Nosso Lar, de Avigdor Lieberman, com 10, segundo a "Kan", e oito, para as outras duas emissoras. O partido ultra-ortodoxo Shas obteria 8 ou 9 assentos no Parlamento, e o Judaísmo Unido pela Torá receberia 8 segundo todas as pesquisas.
A coalizão de partidos de direita e extrema-direita Yamina, liderada por Ayelet Shaked (ex-ministra da Justiça) conseguiria emplacar de 6 a 8 deputados, e os partidos menos votados seriam o Trabalhismo-Guesher, da aliança entre o histórico partido Trabalhista e um de centro-direita, e a União Democrática, que inclui a esquerda pacifista, e que ficaria com 5 ou 6 cadeiras.
Em nenhuma boca de urna o extremista Poder Judeu superaria a cláusula de barreira de 3,25% dos votos para conseguir representação no Parlamento.
Considerando os resultados de cada chapa, os partidos de centro-esquerda (incluindo a Lista Unida árabe) conseguiriam de 54 a 58 cadeiras, e os de direita, extrema-direita e religiosos, de 54 a 57, em ambos os casos sem a maioria simples em um Parlamento com 120 deputados.
Fora destas somas ficaria o partido Israel Nosso Lar, que já divulgou que não entrará em um governo de coalizão com religiosos e que estaria disposto a apoiar uma união entre Likud e Azul e Branco. EFE
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