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Cardeal Pell apresenta recurso na Justiça contra condenação por pedofilia

Mark Dadswell - 25.jul.2017/Reuters
Imagem: Mark Dadswell - 25.jul.2017/Reuters

Em Sydney (Austrália)

17/09/2019 09h28

O cardeal George Pell, ex-tesoureiro do Vaticano, apresentou nesta terça-feira um recurso de apelação perante o Supremo Tribunal da Austrália, a máxima instância judicial do país, contra sua condenação a seis anos de prisão por pedofilia.

Os advogados do terceiro na hierarquia da Santa Sé entregaram "uma solicitação para apresentar um recurso", confirmaram à Agência Efe, fontes do Tribunal, que decidirá se deve ou não admitir o recurso.

Esta é a última oportunidade de Pell para tentar reverter a condenação em uma complexa batalha jurídica que recebeu atenção mundial, já que é a pessoa de mais alto nível na Igreja Católica condenada por pedofilia.

O cardeal, de 78 anos, foi condenado em março a seis anos de prisão por cinco acusações de abusos sexuais a menores, incluindo uma por penetração oral, cometidos contra dois meninos do coro da catedral de St Patrick's, em Melbourne, nos anos 1996 e 1997.

Em 21 de agosto, a Suprema Corte do estado de Victoria, com sede em Melbourne, negou a apelação de Pell contra a sentença, rejeitando os argumentos do recurso interposto pelos advogados do cardeal que questionaram a veracidade dos depoimentos da vítima e da possibilidade do júri ter emitido um veredicto além de qualquer dúvida razoável.

Pell, preso desde fevereiro, permanecerá na prisão pelo menos até 2022, quando poderá solicitar a liberdade condicional, e permanecerá incluído no registro de pedófilos, a menos que prospere sua apelação diante do Supremo Tribunal.

As acusações de pedofilia contra Pell vieram à tona em 2015, quando uma das vítimas relatou à polícia de Victoria que ela havia sofrido abuso sexual duas vezes pelo religioso, logo depois dele ter sido nomeado arcebispo de Melbourne em 1996.

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