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Ex-primeiro-ministro italiano abandona PD para criar novo partido

17/09/2019 08h32

Roma, 17 set (EFE).- O ex-primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi anunciou que deixará o Partido Democrata (PD) do qual foi secretário-geral e criará sua própria legenda, mas garantiu que o seu grupo seguirá apoiando o novo governo de Giuseppe Conte.

A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo próprio ex-premier em entrevista ao jornal "La Repubblica", onde ele anunciou oficialmente sua saída e a definiu como um "bem para todos".

O líder da esquerda italiana explicou que o novo grupo "ampliará a base do consenso parlamentar" ao governo de Conte.

Isso foi explicado pelo próprio Renzi a Conte em um telefonema ontem à noite.

O ex-primeiro-ministro não quis antecipar o nome do novo partido e explicou que na próxima reunião em Leopolda (congresso político criado por Renzi) serão apresentados os símbolos e ideias da legenda. Segundo algumas pesquisas, o partido de Renzi ficaria com 5% nas intenções de voto.

Renzi, que renunciou em dezembro de 2016 como primeiro-ministro após perder o referendo sobre a reforma do sistema parlamentar que ele tinha proposto, garantiu que sua saída não tem nada a ver com ficar de fora no novo governo formado pela coalizão entre o PD e o Movimento Cinco Estrelas (M5S) que ele mesmo impulsionou.

"Não é esse o ponto. Se eu pensar em como as instituições estão representadas agora, o novo governo do Conte me parece um milagre. Ter enviado Salvini para casa é algo que permanecerá em meu currículo como uma das coisas que mais me sinto orgulhoso", comemorou. EFE