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Juan Guaidó é mantido como líder do Parlamento da Venezuela

17/09/2019 17h07

Caracas, 17 set (EFE).- O deputado Juan Guaidó, presidente do Parlamento da Venezuela, foi mantido nesta terça-feira como líder do Poder Legislativo pelos demais congressistas até que aconteça a deposição de Nicolás Maduro da chefia de governo do país.

Hoje, os demais deputados votaram por unanimidade a manutenção de Guaidó na função, na primeira sessão após o recesso do Parlamento. Assim, autoproclamado presidente venezuelano, que conta com o reconhecimento de 50 países, inclusive, o Brasil, seguirá como chefe do Congresso até janeiro.

Ainda antes de ser referendado pelos pares, Guaidó agradeceu os demais parlamentares e garantiu que a decisão deles iria receber apoio nas ruas. O líder oposicionista ainda anunciou que novas manifestações contrárias ao regime de Maduro serão convocadas.

Guaidó, engenheiro de 36 anos e integrante do partido Vontade Popular, proclamou a quase oito meses um governo interino, após a vitória do atual presidente nas eleições presidenciais de maio do ano passado, sem a participação da oposição.

A medida foi tomada a partir da condição de chefe do Parlamento, como interpretação de vários artigos da Constituição da Venezuela.

Com a votação que manteve Guaidó como presidente do chefe do Legislativo, a oposição evita uma eventual proclamação de um outro governo interino.

Ontem, chavismo e uma parte minoritária da oposição firmaram um acordo que estabelece um diálogo nacional, a volta dos mais de 50 deputados governistas à Assembleia Nacional, liderada por Guaidó, e a formação de um novo conselho eleitoral.

O pacto foi apresentado hoje pelo ministro de Comunicação, Jorge Rodríguez, que estava acompanhado pela vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, e o deputado opositor Timoteo Zambrano, líder do partido Movimento Cidadão Mudemos, que tem seis das 109 cadeiras da oposição no parlamento da Venezuela.

O anúncio foi feito um dia depois de Guaidó ter anunciado o fim das negociações com o governo de Maduro em Barbados, sob a mediação da Noruega. Os chavistas abandonaram o mecanismo há 40 dias por determinação do presidente venezuelano. EFE