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Com 63% dos votos apurados, Netanyahu e Gantz seguem empatados

18/09/2019 08h29

Jerusalém, 18 set (EFE).- Com o 63% dos votos apurados, o partido direitista Likud, de Benjamin Netanyahu, e a coalizão centrista Azul e Branco, de Benny Gantz, mantêm o empate e sem poder formar maioria, o que torna cada vez mais provável um governo de unidade.

Embora ainda a apuração ainda esteja longe do fim, os resultados oficiais divulgados pelo Comitê Eleitoral Central dão uma pequena vantagem a Gantz, com 25,66% dos votos, contra 25,03% de Netanyahu.

A terceira força política seria a Lista Unida, que agrupa os partidos árabes e obtém agora 10,71% dos votos.

Os veículos de imprensa dão dados extra-oficiais que foram vazados pelo comitê eleitoral com 90% dos votos apurados, que mantêm esta tendência.

Com isso, o Azul e Branco ficaria com 32 cadeiras (de 120), superando o Likud em um, a Lista Unida seria a terceira força política, com 13 assentos. O direitista Israel Nosso Lar, de Avigdor Lieberman, com 9, empatado com o ultra-ortodoxo Shas e um mais que o Judaísmo Unido pela Torá.

A coalizão de partidos de direita e extrema-direita Yamina, liderada por Ayelet Shaked (ex-ministra da Justiça), conseguiria 7 cadeiras, já o Trabalhismo-Guesher, da aliança entre o histórico partido Trabalhista e um de centro-direita, ficaria com 6, e a União Democrática, que inclui a esquerda pacifista, teria 5 cadeiras.

Deste modo, nem o bloco dos partidos de direita, extrema-direita e religiosos, nem o dos partidos de centro e esquerda com os árabes poderiam criar governos de coalizão.

O poder de entregar o Executivo a um ou outro bloco reside no direitista laico Avigdor Lieberman, que se nega entrar em acordo com os ultra-ortodoxos e reivindica a formação de um governo de união nacional com Likud e Azul e Branco. Um pacto possível, mas que exigiria negociações complicadas, incluindo a possibilidade da saída de Netanyahu, com quem Gantz garantiu em campanha que não governará.

Se o governo de unidade ("única opção", segundo Lieberman) for bem-sucedido, os árabes permaneceriam como líderes da oposição, em uma situação sem precedentes que daria grande visibilidade e acesso institucional a representantes historicamente boicotados pelo restante das formações. EFE