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Novo ataque insurgente no Afeganistão termina com 7 mortos e 13 feridos

18/09/2019 15h13

(Atualiza com número de vítimas e novos detalhes).

Cabul, 18 set (EFE).- Pelo menos sete pessoas morreram, entre elas os três atacantes, e outras 13 ficaram feridas nesta quarta-feira, no ataque suicida a um edifício do governo do Afeganistão, no leste do país, um dia após dois atentados reivindicados pelos talibãs, com quase 50 mortos.

"Entre os mortos, há dois membros das forças de segurança e dois civis, enquanto outras 13 pessoas, incluindo um membro das forças de segurança, ficaram feridas", afirmou à Agência Efe, Mubariz Atal, porta-voz da polícia da província de Nangarhar, capital de Jalalabad, ocorreu o ataque hoje.

A ação, que durou cinco horas, começou por volta das 13h30 (horário local, 6h de Brasília) quando um suicida detonou os explosivos que levava em frente ao escritório local de registros do novo Documento Nacional de Identidade.

A explosão abriu passagem para outros dois insurgentes, que morreram durante o tiroteio com as forças de segurança no interior do edifício, segundo o porta-voz.

Ele destacou que, "nas cinco horas que durou a operação, foram resgatados com segurança mais de 100 funcionários e civis que estavam no interior do prédio para recolher suas carteiras de identidade".

Por enquanto, nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque em Nangarhar, província onde são bastante ativos tantos os talibãs como o grupo jihadista Estado Islâmico.

O ataque aconteceu no dia seguinte aos ocorridos contra um comício do presidente afegão Ashraf Ghani, na província de Parwan, e um segundo atentado em Cabul, que deixaram pelo menos 48 mortos.

Próximo das eleições gerais do dia 28, os dois atentados provocaram a condenação unânime do governo afegão e da comunidade internacional.

As duas ações foram reivindicadas pelos talibãs, dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado o cancelamento dos diálogos de paz que seu país mantinha com os insurgentes há mais de um ano após atentado em Cabul. EFE