Malásia proíbe "As Golpistas", com Jennifer López, por considerá-lo obsceno
Bangkok, 20 set (EFE).- As autoridades da Malásia proibiram a exibição do filme americano "As Golpistas", protagonizado por Jennifer López, por considerar seu conteúdo obsceno, confirmou nesta sexta-feira a Square Box Pictures, distribuidora do filme no país asiático.
"Pedimos profundas desculpas pelas inconveniências causadas aos nossos queridos seguidores, aos admiradores do filme, aos veículos de imprensa e aos nossos parceiros", afirma um comunicado da distribuidora depois de conhecer a decisão do Conselho de Censura de Cinema da Malásia.
Na Malásia, país de maioria muçulmana e tendência conservadora, alguns estados obedecem a lei da Sharia (lei islâmica), que pode chegar a impor castigos corporais em casos de violação das regras. Também contam com os "Jawi", uma espécie de "polícia da moral".
No longa "As Golpistas", López e Cardi B lideram um grupo de strippers que desenvolvem um método para roubar seus clientes, muitos deles grandes investidores de Wall Street.
Lorene Scafaria é a roteirista e diretora do filme, baseado em uma história real e conta com um elenco exclusivamente feminino, do qual participam também Constance Wu, Julia Stiles, Keke Palmer, Lili Reinhart e Lizzo.
Graças a seu argumento e sua temática, "As Golpistas" foi apelidado de "O lobo de Wall Street feminino", em referência ao longa dirigido por Martin Scorsese e estrelado por Leonardo di Caprio, que também gerou controvérsias na Malásia.
Em julho de 2017, as autoridades do país asiático prenderam Frisa Aziz, produtor de "O lobo de Wall Street" e enteado do ex-primeiro-ministro Najib Razak. Ele é acusado de lavagem de dinheiro em um caso de corrupção envolvendo o fundo estatal malaio 1MDB, criado em 2009 por Razak com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros e criar um distrito financeiro na capital do país, Kuala Lumpur. EFE
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