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Novo balanço aponta 39 mortos e 184 feridos em ataque a hospital afegão

Área onde um carro-bomba explodiu ficou destruída em Qalat, na província de Zabul (Afeganistão) - AFP
Área onde um carro-bomba explodiu ficou destruída em Qalat, na província de Zabul (Afeganistão) Imagem: AFP

20/09/2019 10h13

Cabul, 20 set (EFE).- O número de vítimas pelo atentado talibã ocorrido na quinta-feira (19), contra um hospital com um carro-bomba carregado de explosivos no sul do Afeganistão, agora soma 39 mortos e 184 feridos --40 estão em estado grave--, depois que os serviços de resgate recuperam vários corpos entre os escombros.

"Infelizmente, depois de coordenar as informações, podemos confirmar que no ataque desumano de ontem, 39 pessoas foram mortas e outras 189 ficaram feridas", afirmou nesta sexta-feira à Agência Efe, Gul Islam Seyal, porta-voz do governador da província de Zabul, onde o atentado.

Seyal esclareceu que o número de mortos dobrou em relação ao balanço de ontem, depois que vários corpos foram localizados entre os escombros do hospital e outros edifícios vizinhos que ficaram destruídos.

Entre os mortos, disse ele, há dois membros das forças de segurança, enquanto o restante são civis, incluindo profissionais da saúde e pacientes, alguns deles crianças.

Além disso, 40 feridos estão em estado "crítico" e foram transferidos para um hospital da província de Nangarhar, acrescentou.

O hospital atacado na cidade de Qalat, o mais bem equipado em Zabul e cujo departamento de terapia intensiva foi completamente destruído, foi forçado a interromper por quase totalmente seus serviços.

Agora, apenas alguns hospitais particulares estão fornecendo serviços de saúde na região.

Um porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, assumiu a responsabilidade pela autoria do atentado, afirmando que era dirigido contra um edifício do Diretório Nacional de Segurança (NDS, sigla em inglês).

No entanto, para Seyal, o alvo dos talibãs era o centro médico, já que "o impacto (da explosão) foi direcionado contra o hospital e apenas uma parede ao redor do prédio do NDS desabou".