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Guaidó envia delegação para Assembleia da ONU querendo pressionar Maduro

22/09/2019 16h33

Caracas, 22 set (EFE).- O chefe do Parlamento e reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, Juan Guaidó, informou neste domingo sobre o envio de uma delegação a Nova York que o representará na 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas e que buscará aumentar a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro.

"Como anunciamos dias atrás, formamos uma delegação que representará nosso governo e todos os venezuelanos na próxima semana antes da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas", disse no Twitter, explicando que será chefiado por seu representante no exterior, Julio Borges.

A delegação também é composta por seu embaixador nos Estados Unidos, Carlos Vecchio, e pelo presidente da Comissão de Ajuda Humanitária do Parlamento, deputado Miguel Pizarro, a quem decidiu nomear hoje como "comissário presidencial para a Organização das Nações Unidas".

O líder da oposição indicou que Pizarro terá, a partir de agora, "o trabalho de continuar aumentando a pressão diplomática sobre a ditadura e coordenando esforços com organizações multilaterais" na ONU.

Ele também disse que as "vítimas" e outros deputados também farão parte de sua delegação na Assembleia Geral das Nações Unidas, que começará na próxima terça-feira, em Nova York.

De acordo com Guaidó, a agenda de seus representantes incluirá a "Cúpula do Grupo de Lima, reunião com o Grupo Internacional de Contato, reunião de ministros das Relações Exteriores do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR)", reuniões bilaterais "com delegações de diferentes Estados".

Os representantes de Guaidó também realizarão "reuniões de trabalho para tornar visível a emergência humanitária, a migração e as violações dos direitos humanos" na Venezuela.

O conflito venezuelano é um dos problemas que preocupa a América Latina, e a Assembleia Geral também terá uma representação do presidente Nicolás Maduro, liderada pela sua vice-presidente, Delcy Rodríguez, e seu chanceler, Jorge Arreaza.

Rodríguez e Arreaza defenderão a chamada "revolução bolivariana" e denunciarão Guaidó por supostas ligações com o grupo paramilitar colombiano "Los Rastrojos". EFE