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Acusado de matar filha de ex-presidente do Paraguai é extraditado pelo Brasil

24.nov.2017 - Oscar Luis Benítez e Lorenzo González Martínez, guerrilheiros do Paraguai - Divulgação/Ministério do Interior
24.nov.2017 - Oscar Luis Benítez e Lorenzo González Martínez, guerrilheiros do Paraguai Imagem: Divulgação/Ministério do Interior

Em Assunção

27/09/2019 11h30

Óscar Luis Benítez, um dos acusados pelo sequestro e assassinato de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente do Paraguai, Raúl Cubas, ocorrido em 2005, será apresentado hoje à justiça do país, um dia depois de ser extraditado pelo Brasil.

O envio do cidadão paraguaio já havia sido autorizado pelo Supremo Tribunal Federal em 13 de novembro do ano passado, seguindo o posicionamento da Procuradoria-Geral da República.

Benítez detido em 24 de novembro de 2017, em Itaquaquecetuba, localizada na região metropolitana de São Paulo, segundo informações divulgadas à época pelo Ministério do Interior do Paraguai.

Hoje, o acusado junto com Lorenzo González pelos crimes de sequestro, homicídio doloso e associação criminosa, irá até um tribunal, com parte do processo aberto pelo Ministério Público do país.

A ação que levou à morte de Cecilia Cubas teria sido organizada pelo grupo embrião do EPP, criado em 2008, e ainda ativo no Paraguai. Benítez e González são apontados como dirigentes da organização.

Cecila Cubas tinha 31 anos quando foi sequestrada em 21 de setembro de 2004, perto da casa em que vivia, na cidade de San Lorenzo, próxima a Assunção. A filha do ex-presidente foi abordada por um grupo armado, que atirou em seu carro.

O corpo foi encontrado cinco meses depois, em uma cova aberta no terreno de uma casa em Ñemby, localidade da região metropolitana da capital do Paraguai, apesar da família ter pago US$ 300 mil (R$ 1,24 milhão em valores atuais).