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Trump revela que Irã queria a suspensão das sanções para se reunir com os EUA

9.jul.2019 - Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Kevin Lamarque/Reuters
9.jul.2019 - Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Imagem: Kevin Lamarque/Reuters

Em Washington

27/09/2019 11h32

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou hoje ter levantado a hipótese de retirar as sanções sobre o Irã para se encontrar com o presidente Hassan Rohani durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, como havia insinuado nas semanas anteriores.

"O Irã queria que eu levantasse as sanções impostas para nos reunirmos. Eu disse NÃO!", escreveu Trump no Twitter.

O presidente americano fez esta declaração no dia seguinte ao Pentágono anunciar que enviará 200 soldados como reforço, além de bateria e radar de mísseis para a Arábia Saudita, em meio à crescente tensão com o Irã pelo ataque às refinarias sauditas há duas semanas.

No último dia 20, o governo de Trump já atingiu Teerã com sanções ao banco central iraniano, na tentativa de asfixiar economicamente o país, além de aprovar o envio de tropas para a Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos em resposta a esse ataque, que Riad atribui ao Irã.

O castigo das sanções é a tônica desde o ano passado, quando os EUA deixaram o acordo nuclear de 2015 assinado com o Irã e outras cinco potências.

As sanções foram impostas em duas rodadas - em agosto e novembro de 2018 - e afetam um amplo número de setores econômicos, incluindo os setores petroleiro e bancário.

Rohani rejeitou na última quarta-feira conversar com os EUA enquanto as sanções não forem retiradas e insistiu que seu país não negociará com "um inimigo que deseja que o Irã se abaixe usando armas de pobreza e pressão".

Após os ataques às refinarias sauditas no último dia 14, que, segundo Riad, foram coordenados pelo Irã, os EUA anunciaram novas sanções contra o governo iraniano, embora tenha dito que pretende evitar em guerra.

A realidade é que, nas últimas semanas, Trump tinha deixado claro sua vontade de se reunir com o líder iraniano, mas depois dos ataques às refinarias sauditas, afirmou que preferia não se encontrar com Rohani, que já tinha rejeitado tal encontro.