Nicarágua pede ONU fora dos EUA e se solidariza com Cuba e Venezuela
Nações Unidas, 28 set (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Nicarágua, Denis Moncada, defendeu neste sábado a realização de uma reforma profunda da ONU, inclusive com transferência da sede da entidade para fora dos Estados Unidos, um país que, segundo o chanceler, não respeita o direito internacional e que assedia Cuba e Venezuela.
"A transformação da ONU é indispensável para que possa servir à humanidade. Os EUA não respeitam o direito internacional", ressaltou o ministro nicaraguense em discurso na 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Moncada se referiu ao fato de que recentemente o governo dos Estados Unidos anunciou a expulsão de dois diplomatas cubanos que fazem parte da missão cubana nas Nações Unidas. De acordo com o governo americano, os dois representantes da ilha, cujos nomes não foram revelados, tentaram "realizar operações de influência contra os EUA".
"Isto prova a necessidade de reformar e mudar de sede. Portanto, que a ONU se transforme em um fórum multilateral sem limites nem quarentenas para as delegações dos países-membros", argumentou Moncada, que denunciou a "violação do acordo da sede da ONU e do governo do país anfitrião" para que os Estados possam estar representados.
Além desta democratização "urgente" das Nações Unidas, o representante da Nicarágua criticou o "criminoso bloqueio" que os Estados Unidos mantêm sobre Cuba, assim como "toda medida econômica coercitiva para tentar afetar a soberania de um povo".
O chanceler ainda expressou "solidariedade militante" com o "legítimo" governo de Nicolás Maduro na Venezuela, e condenou toda "ameaça de intervenção militar" através do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), "elaborado pelos EUA para ameaçar com o uso da força que promove através da Organização dos Estados Americanos (OEA)", segundo Moncada. EFE
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