Número de mortos em 3 dias de protestos no Iraque sobe para 27

Bagdá, 3 out (EFE).- Pelo menos 27 pessoas morreram, entre elas dois policiais, e 1.509 ficaram feridas desde a última terça-feira, quando começou uma série de protestos em várias regiões do Iraque.

Um porta-voz da agência governamental Comissão de Direitos Humanos do Iraque, Ali al Bayati, afirmou à Agência Efe que, entre os feridos, há 400 membros das forças de segurança, que entraram em confronto com os manifestantes, que exigem mais oportunidades de trabalho, melhores serviços públicos e o fim da corrupção.

Os protestos foram especialmente violentos na província de Dhi Qar, onde morreram pelo menos 10 pessoas, segundo Fatima al Halfi, também integrante dessa comissão.

Os protestos levaram as autoridades a decretar um toque de recolher na capital Bagdá e nas províncias de Dhi Qar, Najaf e Maysan, informou a rede de televisão estatal "Al Iraquiya".

Além disso, cerca de 75% do país teve o serviço de internet cortado, menos a região autônoma do Curdistão, segundo a NetBlocks, uma plataforma global que monitora a censura na rede.

As manifestações começaram na terça-feira na capital e foram convocadas através das redes sociais por usuários comuns, e não por um partido ou movimento político das várias facções que dominam a cena política iraquiana.

Nas últimos meses já haviam ocorrido protestos devido à falta de serviços básicos, como eletricidade e água, e de oportunidades de emprego para os jovens, que estão protagonizando estas últimas mobilizações. EFE