EUA e Coreia do Norte divergem sobre reunião para discutir desnuclearização
Washington, 5 out (EFE).- Representantes de Estados Unidos e Coreia do Norte apresentaram versões diferentes sobre os resultados de uma reunião realizada neste sábado, na Suécia, para discutir a desnuclearização do regime liderado por Kim Jong-un.
Ao término da reunião, o chefe da equipe de negociação da Coreia do Norte, Kim Myong-gil, afirmou que seu país decidiu suspender o diálogo pela intransigência dos americanos quanto ao desarmamento. Já funcionários do Departamento de Estado dos EUA disseram que as conversas foram boas, e que as partes devem se reunir outra vez daqui duas semanas.
Myong-gil falou primeiro com os jornalistas após a conclusão da reunião realizada em Estocolmo, capital da Suécia, e reclamou da postura inflexível da delegação americana no encontro, uma tentativa de fazer avançar as negociações sobre a desnuclearização que estão travadas desde fevereiro.
"As negociações não atenderam nossas expectativas e foram interrompidas", disse Myong-gil.
Horas depois, em comunicado, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Morgan Ortagus, disse que a avaliação do representante de Kim Jong-un não "reflete o atual espírito da negociação". "Fornecemos boas ideias e tivemos uma boa conversa com nossos colegas norte-coreanos", afirmou.
Segundo Ortagus, as equipes dos dois governos "revisaram os eventos" ocorridos desde a cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Singapura, no dia 12 de junho de 2018. Na ocasião, eles se comprometeram a trabalhar pela completa desnuclearização da península coreana, mas não estabeleceram como o processo seria conduzido.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA também confirmou que o governo americano aceitou um convite da Suécia para voltar a Estocolmo daqui duas semanas e continuar dialogando com os norte-coreanos.
"EUA e Coreia do Norte não superarão um legado de 70 anos de hostilidades na península da Coreia em um só sábado. Os temas são importantes e requerem um compromisso dos dois países", ressaltou Ortagus. EFE
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