Manifestantes atacam sedes de veículos de imprensa em protestos no Equador
Quito, 12 out (EFE).- Dois veículos de imprensa do Equador foram alvos de ataques neste sábado por parte de grupos de manifestantes que protestam contra o governo do país em Quito há dez dias.
Pouco antes de entrar em vigor o toque de recolher e a militarização do distrito metropolitano da capital por ordem do presidente do país, Lenín Moreno, manifestantes jogaram coquetéis molotov contra a sede da emissora "Teleamazonas", provocando um incêndio.
Vídeos divulgados pelas redes sociais mostram a fachada da emissora cercada por uma nuvem de fumaça. Também é possível ver muito fogo perto das antenas de transmissão da "Telemazonas".
O Corpo de Bombeiros de Quito informou que o caminhão-tanque enviado para conter as chamas também foi atacado por dezenas de manifestantes, que lançaram pedras e outros objetos contra o veículo. O órgão divulgou uma foto que mostra o vidro dianteiro danificado.
A sede do jornal "El Comércio" também foi atacada por um grupo de manifestantes, segundo informou o próprio veículo em postagem divulgada no Twitter. Em áudios enviados a colegas durante o ataque, os profissionais do jornal relatavam a situação de incerteza e pediam ajuda das forças de segurança para evitar qualquer agressão.
Na última quinta-feira, o jornalista Fredy Paredes, da "Teleamazonas", foi agredido brutalmente pouco depois de deixar a Casa de Cultura Equatoriana, no centro histórico de Quito, local que virou um ponto de concentração dos indígenas que protestam contra o governo. Ele levou uma pedrada a curta distância e caiu no chão, gravemente ferido.
A Fundação Andina para a Observação e o Estudo de Veículos de Mídia (Fundamedios) registrou mais de 100 ataques a profissionais de comunicação desde o início dos protestos e condenou a violência contra a imprensa. EFE
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