EUA sancionam ministros turcos e exigem cessar-fogo imediato na Síria
Washington, 14 out (EFE).- Os Estados Unidos sancionaram, nesta segunda-feira, três ministros do governo da Turquia por sua responsabilidade nas operações militares do Exército turco no norte da Síria e exigiu que o presidente Recep Tayyip Erdogan declare um cessar-fogo imediatamente.
"Os Estados Unidos responsabilizam o governo turco pelo aumento da violência por parte das forças turcas, colocando em risco civis inocentes e desestabilizando a região", disse o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, em comunicado.
Concretamente, a Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC, sigla em inglês) bloqueou os ativos e proibiu a entrada nos EUA dos ministros da Defesa Nacional, Hulusi Akar, do Interior, Suleyman Soylu, e da Energia, Fatih Donmez, e sancionou os próprios Ministérios da Defesa Nacional e Energia como instrumentos do governo para a incursão na Síria contra os curdos.
Como resultado da ação de hoje, Washington bloqueia todos os ativos que os ministros possam ter sob a jurisdição americana, além de proibir que pessoas ou entidades dos EUA mantenham relações comerciais ou financeiras com os designados pelo Tesouro e suspendeu a entrada dos funcionários no país.
No entanto, o governo americano ressaltou que autoriza atividades oficiais das Nações Unidas que envolvem o Ministério de Defesa Nacional ou ao Ministério da Energia e Recursos Naturais da Turquia.
Além disso, "um período de liquidação de 30 dias para todas as transações e atividades que normalmente são incidentes e necessárias para as operações de liquidação, contratos ou outros acordos que envolvam esses ministérios".
O governo dos Estados Unidos também exigiu que a Turquia que declare um cessar-fogo de forma imediata nas suas operações militares no norte da Síria, que segundo Washington, estão colocando em risco a vida de civis inocentes e desestabilizando a região.
"O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para pressionar a Turquia a interromper sua ofensiva militar contra o nordeste da Síria e adotar um cessar-fogo imediato", disse o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
Na ordem executiva, Trump considerou que as recentes ações militares da Turquia na Síria "minam a campanha para derrotar ao Estado Islâmico no Iraque e na Síria, colocam em risco os civis e ameaçam acabar com a paz, segurança e estabilidade da região".
"Portanto, constitui uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança nacional e política externa dos Estados Unidos. Pelo presente, declaro uma emergência nacional para lidar com essa ameaça", acrescentou o presidente. EFE
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