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Rússia desmente acusações de jornal sobre ataques contra hospitais na Síria

14/10/2019 10h39

Moscou, 14 out (EFE).- O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, general Igor Konashenkov, refutou as acusações do jornal "The New York Times" sobre os ataques cometidos pela Força Aérea russa contra hospitais na Síria.

"A entidade militar russa está a par da publicação do jornal americano 'NYT' sobre os supostos ataques de caças russos contra 'hospitais' sírios. Antes de tudo, lamentamos que um jornal sério se torne vítima da manipulação dos terroristas e dos serviços secretos britânicos", afirmou.

O general ressaltou - em declarações reproduzidas pela agência "RIA Novosti" - que o nível de vida dos sírios que estão na zona de distensão de Idlib, controlada pelo grupo jihadista Frente al Nusra, é muito diferente do que a imprensa americana conhece.

O jornal americano publicou no domingo passado supostas provas de que o Exército russo tinha bombardeado repetidamente e de forma deliberada hospitais na Síria, onde intervém em apoio ao governo de Bashar al Assad.

Ativistas e opositores sírios acusaram várias vezes a Rússia de atacar hospitais e outros alvos civis, o que o governo russo sempre negou.

A investigação do "The New York Times" se baseia em quatro ataques registrados nos dias 5 e 6 de maio deste ano, momento no qual forças russas e do governo sírio faziam operações para tomar dos rebeldes um de seus últimos territórios no noroeste do país.

O artigo inclui, entre outras provas, transmissões de rádio da Força Aérea russa e relatórios de pessoas dedicadas à vigilância aérea para advertir de possíveis ataques, além com vídeos dos pontos atacados e depoimentos de testemunhas.

Segundo o jornal, os planos de voo colocam pilotos russos sobre cada um dos hospitais bombardeados no momento do ataque. Nas gravações de áudio, é possível ouvir os militares confirmando as coordenadas de cada alvo e os disparos que foram feitos, apesar de os quatro hospitais constarem em uma lista entregue a russos e sírios exatamente para evitar bombardeios. EFE