FMI prevê queda de 35% na economia da Venezuela em 2019
Caracas, 15 out (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu, em relatório divulgado nesta terça-feira, que a economia da Venezuela sofrerá uma queda de 35% em 2019 e que a previsão da inflação do país foi rebaixada mais uma vez, agora para 200.000%.
No documento sobre as Perspectivas Econômicas Globais, o órgão argumentou que a profunda crise humanitária e a implosão econômica continuarão a ter um impacto devastador na população do país sul-americano, que, em grande parte, tem salários abaixo do preço da cesta básica.
O FMI afirma no texto que estabelecer projeções para a Venezuela é uma tarefa complicada diante da falta de diálogo com representantes do governo de Nicolás Maduro, e dessa forma recomenda interpretar "com precaução" os indicadores macroeconômicos.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a estimativa de inflação na Venezuela subiu de 1.000.000% para 200.000%, um índice considerado um dos mais altos da história.
Segundo a Assembleia Nacional, parlamento controlado pela oposição ao regime de Maduro, a inflação acumulada no país nos nove primeiros meses deste ano chegou a 3.326%.
Em primeiro relatório, elaborado em 2018, o FMI apontou que a alta dos preços chegaria a 10.000.000% em 2019, mas depois reduziu a estimativa para 1.000.000%.
Para 2020, o organismo prevê inflação de 500.000%, uma taxa de desemprego de 50,5% e uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de pelo menos 10%, em comparação ao ano anterior.
Os dados também contribuem para jogar para baixo as previsões de crescimento da América Latina, que o FMI reduziu para 0,2%.
A Venezuela, país com as maiores reservas e petróleo no planeta, atravessa uma profunda crise econômica, com alta inflação e ciclos de escassez de produtos básicos e remédios. EFE
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