Primeira-ministra da Escócia propõe novo referendo sobre independência
Edimburgo (Reino Unido), 15 out (EFE).- A primeira-ministra regional da Escócia, Nicola Sturgeon, afirmou nesta terça-feira que quer a realização de um segundo referendo pela independência do país ao Reino Unido, já em 2020, e que pedirá a Londres para iniciar as negociações antes do fim deste ano.
"A minha decisão é que o segundo referendo aconteça no próximo ano. Estamos nos preparando. Para o ano que vem, teremos concluído nossos preparativos legislativos", afirmou a também líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP).
"Posso confirmar hoje que, antes do fim deste ano, exigirei a transferência de poderes que garanta a legalidade de um referendo, acima de qualquer dúvida", completou Sturgeon, durante discurso realizado na cidade de Aberdeen.
Para a primeira-ministra da Escócia, uma vez que o pedido seja feito, o foco não deverá ser a resposta do governo regional, caso o Poder Executivo britânico recuse o referendo, como é esperado, mas sim como pode ser negada a chance da população do país "escolher o próprio futuro".
Em 2014, 55% dos escoceses rejeitaram, em consulta, a separação do Reino Unido, mas a vitória do Brexit dois anos depois, que determinou a saída dos britânicos da União Europeia (UE), fez com que o SNP reabrisse o debate sobre independência.
No discurso de hoje, Sturgeon se comprometeu a impulsionar a campanha pela independência, para transformar a Escócia em um elo entre o Reino Unido e o bloco comunitário, caso seja confirmada a saída da UE, no próximo dia 31.
"Estaremos no mercado único da União Europeia e também seremos os vizinhos mais próximos dos nossos amigos do restante do Reino Unido. Uma ponte que fará do nosso país um ímã de investimentos globais", afirmou a primeira-ministra regional.
A autorização do primeiro-ministro Boris Johnson é preciso para que o Parlamento escocês receba as competências necessárias para realizar um referendo desta natureza, como o realizado há cinco anos. EFE
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