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Líderes da UE apoiam novo acordo do Brexit, mas não citam possível adiamento

17/10/2019 14h53

Bruxelas, 17 out (EFE).- Os líderes da União Europeia (UE) manifestaram apoio nesta quinta-feira ao acordo obtido com o Reino Unido para o país deixar o bloco, mas não detalharam suas conclusões sobre a possibilidade de que o chamado Brexit seja adiado para depois de 31 de outubro se o Parlamento britânico rejeitar o pacto.

"O Conselho Europeu convida a Comissão, o Parlamento Europeu e o Conselho da UE a darem os passos necessários para garantir que o acordo possa entrar em vigor em 1º de novembro de 2019 para proporcionar uma saída ordenada", diz um documento assinado pelos líderes sobre as conclusões da cúpula do bloco, realizada hoje a amanhã em Bruxelas, na Bélgica.

Além disso, o Conselho Europeu aprovou a nova declaração política que foi negociada em paralelo ao acordo e que "apresenta o marco para a futura relação entre a UE e o Reino Unido".

"O Conselho Europeu reitera a determinação da União de manter uma relação o mais próxima possível com o Reino Unido no futuro, em linha com a declaração política", afirmam os líderes.

Ainda segundo o documento, o enfoque da União Europeia "continuará a ser definido pelas posições e princípios gerais das diretrizes anteriores estipuladas pelo Conselho Europeu".

Por fim, os líderes reiteraram a gratidão ao negociador-chefe da UE para o Brexit, o francês Michel Barnier, pelos "incansáveis esforços".

Após a definição do acordo sobre a proteção do mercado interno da UE e a necessidade de evitar a criação de uma fronteira alfandegária entre a Irlanda (que faz parte da UE) e a Irlanda do Norte (parte do Reino Unido), que dividem a mesma ilha, as atenções agora estão voltadas ao que será feito pelo Parlamento britânico, que rejeitou em três ocasiões o acordo anterior, que foi negociado pela ex-primeira-ministra britânica Theresa May.

Fontes da UE destacaram que os líderes não tinham previsto abordar nas conclusões sobre o acordo a possibilidade de estender o prazo para a saída do Reino Unido do bloco, caso o pacto não receba apoio do Parlamento britânico.

"É muito cedo para falar sobre uma extensão", disseram as fontes. EFE