Filho de El Chapo foi solto para preservar vidas, diz presidente mexicano
Cidade do México, 18 out (EFE).- O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta sexta-feira que Ovídio Guzmán, filho do narcotraficante Joaquín 'El Chapo' Guzmán e procurado pelos Estados Unidos por tráfico de drogas, foi solto pouco depois de ser detido na cidade de Culiacán para que fossem preservadas vidas de inocentes.
"Não pode valer mais a prisão de um criminoso do que as vidas das pessoas. Eles (o gabinete de segurança) tomaram esta decisão (de libertá-lo), e eu a apoiei", disse o governante em sua habitual entrevista coletiva matutina, desta vez concedida na cidade de Oaxaca, no sul do país.
López Obrador reconheceu que a situação "tornou-se muito difícil" em Culiacán - que durante horas esteve sitiada por tiros - e, por muitos cidadãos estarem em "risco", optou-se por liberar o criminoso.
"Estavam em risco muitos cidadãos, muitas pessoas, muitos seres humanos, e foi decidido proteger a vida das pessoas, e eu estive de acordo, porque não se trata de (criar) massacres", disse.
Ovídio Guzmán, conhecido como 'Chapito', foi preso em uma operação do exército mexicano a partir de uma ordem de prisão. Houve uma grande mobilização de grupos criminosos em toda a cidade de Culiacán (de cerca de 800 mil habitantes) e em municípios vizinhos para realizar atos violentos, e muitos tiros foram disparados.
"Nós não queremos mortos, não queremos a guerra, custa entender, mas a estratégia que estava sendo aplicada anteriormente transformou o país em um cemitério", disse o presidente mexicano em referência aos governos de Felipe Calderón (2006-2012) e Enrique Peña Nieto (2012-2018), nos quais foram contabilizadas mais de 250 mil mortes na guerra contra o narcotráfico.
O caso ocorrido em Culiacán refletiu o enorme controle do Cartel de Sinaloa e suas células sobre a região, que era considerada relativamente pacificada nos últimos meses. EFE
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