Governo do Chile sobe para 18 o número de mortes desde o início dos protestos
Santiago (Chile), 23 out (EFE).- O subsecretário do Interior do Chile, Rodrigo Ubilla, confirmou nesta quarta-feira que aumentou para 18 o número de mortes devido aos distúrbios causados durante os protestos contra a desigualdade social no país.
O número cresceu com as mortes de um adulto e uma criança em um atropelamento em massa no sul do país e de outra pessoa em um bairro da capital, Santiago.
Os incidentes de violência em todo o país chegaram a 169 nas últimas 24 horas, nos quais 979 pessoas foram detidas, segundo explicou Ubilla.
Do total das detenções realizadas na terça-feira, 592 ocorreram sob a vigência do toque de recolher, que foi aplicado em diversas partes do país.
"Quero destacar aqui que houve uma capacidade mais efetiva das forças policiais e de segurança, Carabineiros (polícia militar), PDI (Polícia de Investigação) e Forças Armadas, em termos de evitar estes saques e incêndios", afirmou o subsecretário do Interior.
Embora Ubilla tenha reconhecido que a violência diminuiu em comparação com o dia anterior, as manifestações se replicaram de novo por todo o país durante a terça-feira. A expectativa é que aconteça o mesmo nesta quarta-feira, por causa da convocação da greve geral.
Ubilla destacou que houve 54 manifestações em todo o Chile no último dia, nas quais calcula-se que 220 mil pessoas marcaram presença. De acordo com os dados do governo, 95 agentes e 1 02 civis ficaram lesionados nos confrontos entre manifestantes e forças de segurança.
O Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH), que trabalha diariamente nas ruas de todo o Chile para acompanhar a situação dos protestos, contabiliza 1.894 detidos desde a quinta-feira passada.
No último balanço, divulgado na madrugada desta quarta-feira, a organização informa que 269 pessoas ficaram feridas, 137 delas por arma de fogo.
Do total de 18 mortos, o INDH conta cinco casos ocorridos pela intervenção dos agentes. Além disso, a organização constatou relatos de torturas e abusos das forças do Estado durante os protestos nos últimos cinco dias. EFE
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